quarta-feira, 25 de janeiro de 2012


Dom João Evangelista Martins Terra visita Cabo Frio


Por ocasião de visita a Cidade de Cabo Frio,  Dom João Evangelista Martins Terra é entrevistado pela PASCOM.  Dom Terra é bispo auxiliar em Brasília, responsável peloInstituto Divino Mestre, deseja atualmente formar professores para os seminários de diversas localidades, inclusive internacionais.
Dom Terra é jesuíta e doutor em Filosofia, Teologia, Sagrada Escritura, Arqueologia e línguas semíticas pelas Universidades: Gregoriana e Instituto Bíblico de Roma; Universidade de Münster i.W; Universidade Católica de Beirute, no Líbano; Loyola University, de New Orleans - EUA e Universidade de Innshuck, na Áustria.
Atualmente o bispo reside em Brasília e tem diversas publicações em seu nome, são mais de duzentas e vinte publicações que foram impressas por várias livrarias católicas. Dom Terra também teve a oportunidade de conviver com alguns papas, inclusive, conta em algumas de suas publicações a oportunidade de conviver com o saudoso papa João Paulo II e sua santidade Bento XVI. Além de outras atividades o bispo também teve a oportunidade de participar de algumas comissões Pastorais da CNBB.


Dom Terra conta um pouco sobre a história de seu Instituto:

Por ocasião da criação do Instituto Divino Mestre, contei com o apoio de Bento XVI. Em 1994 falei com o Papa João Paulo II sobre a conveniência de fundar no Brasil um Instituto Bíblico, semelhante ao de Roma, mas insistindo no conhecimento das línguas bíblicas – Hebraico, Grego e também Latim – para formar formadores e professores em nossos Seminários. O Papa ficou entusiasmado com a idéia. "A coisa mais importante é formar formadores", disse-me ele. "Mas por que abrir um Instituto Bíblico apenas para o Brasil? Abra-o para toda a América Latina". "Hoje mesmo vou destiná-lo para o melhor lugar onde poderá fundar esse Instituto". Nessa mesma semana, no dia 7 de setembro de 1994, ele destinou-me para a Arquidiocese de Brasília, que fica quase no centro da América do Sul.
O Arcebispo de Brasília, Cardeal Dom José Freire Falcão, deu todo o apoio. Deu um terreno para a construção. No dia 21 e dezembro de 2001 reuniu-se em Brasília, na "Casa do Clero", situada em SGAN, Quadra 601, uma comissão fundadora, que contava com a presença de três bispos, quatro jesuítas e um diácono para elaborar o Estatuto do Instituto Bíblico de Brasília e lavrar a Ata de Fundação. Estava presente o Procurador da República, Dr. José Ramos, que redigiu os Estatutos que foram registrados no 2º Ofício de Registros de Pessoas Jurídicas e arquivados sob o nº 0035043, na data 18/03/2002.
No dia 7 de março de 2002 fora lançada a pedra fundamental abençoada pelo Arcebispo, Cardeal Falcão. No dia 22 de novembro de 2006, cinqüentenário de minha ordenação sacerdotal, com a presença de cinco bispos, do Arcebispo Dom João Brás e do Cardeal D. Falcão, do Governador e de vários Senadores, Ministros e Deputados, foi inaugurado o Instituto com um almoço no refeitório deste



sexta-feira, 6 de janeiro de 2012


Coração de Deus vive inquieto em busca do homem, afirma Papa


O Papa Bento XVI presidiu a celebração da Santa Missa na Solenidade da Epifania do Senhor nesta sexta-feira, 6, na Basílica de São Pedro.
O Pontífice destacou que é preciso ter um coração inquieto, que não se satisfaz com nada menos do que Deus e, assim, torna-se um coração que ama.
"Não somos só nós, seres humanos, que vivemos inquietos relativamente a Deus. Também o coração de Deus vive inquieto relativamente ao homem. Deus espera-nos. Anda à nossa procura. Também Ele não descansa enquanto não nos tiver encontrado. O coração de Deus vive inquieto, e foi por isso que se pôs a caminho até junto de nós. [...] Deus vive inquieto conosco, anda à procura de pessoas que se deixem contagiar por esta sua inquietação", destacou.



O Bispo de Roma salientou ainda que a Epifania é uma festa da luz. Ele afirmou que muito se discutiu sobre o tipo de estrela que guiou os Magos. Especula-se que possa ter sidouma conjunção de planetas, uma Supernova - estrelas inicialmente muito débeis que, na sequência de uma explosão interna, irradia por algum tempo um imenso esplendor - ou um cometa.

"
Deixemos que os cientistas continuem esta discussão. A grande estrela, a verdadeira Supernova que nos guia é o próprio Cristo. Ele é, por assim dizer, a explosão do amor de Deus, que faz brilhar sobre o mundo o grande fulgor do seu coração".
Para a liturgia, o caminho dos Magos do Oriente é só o início de uma grande procissão que continua ao longo da história inteira. Com estes homens, tem início a peregrinação da humanidade rumo a Jesus Cristo: rumo àquele Deus que nasceu num estábulo, que morreu na cruz e, Ressuscitado, permanece com os homens todos os dias até ao fim do mundo.

A imagem dos Reis Magos foi apontada pelo Sucessor de Pedro como modelo onde se procurar indicações para o exercício do ministério episcopal. 
Eles vão à frente e inauguram o caminho dos povos para Cristo.

"Segundo palavras de Jesus, caminhar à frente do rebanho faz parte da função do Pastor. [...] 
Só quem conhece a Deus pessoalmente é que pode guiar os outros para Deus. E só quem guia os homens para Deus é que os guia pela estrada da vida", explicou.

Mas quem eram os Reis Magos? Segundo Bento XVI, eram homens de ciência, mas não apenas no sentido de quererem saber muitas coisas. "Eles queriam algo mais. Queriam entender o que é que conta no fato de sermos homens. Não consideravam decisivo o que se pensava ou dizia deles, mesmo pelas pessoas influentes e inteligentes. Para eles o que contava era a própria verdade, não a opinião dos homens. Foi a sua coragem humilde que lhes permitiu prostrar-se diante de um menino filho de gente pobre e reconhecer n’Ele o Rei prometido, cuja busca e reconhecimento fora o objetivo do seu caminho exterior e interior".


Episcopado
O Bispo de Roma salienta que, em tudo isso, é possível ver alguns traços essenciais do ministério episcopal.

"Também o Bispo deve ser um homem de coração inquieto. [...] Também o Bispo deve ser um homem de coração vigilante que percebe a linguagem sutil de Deus e sabe discernir a verdade da aparência. Também o Bispo deve estar repleto da coragem da humildade. [...] Deve ser capaz de ir à frente indicando o caminho. E deve ter a humildade de prostrar-se diante daquele Deus que Se tornou tão concreto e tão simples que contradiz o nosso orgulho insensato, que não quer ver Deus assim perto e pequenino. Deve viver a adoração do Filho de Deus feito homem, aquela adoração que lhe indica sem cessar o caminho".

As características fundamentais do ministério episcopal são: o anúncio do Evangelho de Jesus Cristo; guardar o depósito sagrado da nossa fé; ir à frente e guiar; a misericórdia e a caridade para com os necessitados e os pobres nas quais se reflete o amor misericordioso de Deus para conosco e, finalmente, a oração contínua.

"A oração contínua significa nunca perder o contato com Deus, deixar-se tocar sempre por Ele no íntimo do nosso coração e deste modo sermos permeados pela sua luz. [...] Foi esta a missão dos Apóstolos: acolher a inquietação de Deus pelo homem e levar o próprio Deus aos homens. E, seguindo os passos dos Apóstolos, esta é a vossa missão: deixai-vos tocar pela inquietação de Deus, a fim de que o anseio de Deus pelo homem possa ser satisfeito"
.


A Missa

A celebração presidida pelo Santo Padre no Vaticano aconteceu às 9h30 (horário de Roma - 6h30 no horário de Brasília). 

Os padres Charles John Brown, eleito Arcebispo titular de Aquileia e nomeado Núncio Apostólico na Irlanda, e Marek Solczyński, eleito Arcebispo titular de Cesareia de Mauritânia e nomeado Núncio Apostólico na Geórgia e Armênia, foram os sacerdotes que receberam a ordenação episcopal ao longo da Santa Missa.

Concelebraram com o Santo Padre o secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, S.D.B., o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal William Joseph Levada, e os dois Bispos eleitos.

O rito de Ordenação aconteceu logo após a proclamação do Santo Evangelho e do anúncio do dia da Páscoa, que, neste ano, celebra-se em 8 de abril.



Fonte: Canção Nova

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

"A vós, ó Deus": o significado do Te Deum

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tedeum3O Papa Bento XVI  presidiu as primeiras Vésperas da Solenidade de Santa Maria Santíssima Mãe de Deus na Basílica de São Pedro, no final da tarde do último dia do ano. Em seguida, o Santíssimo Sacramento foi exposto, cantou-se o hino do Te Deum de agradecimento e o Pontífice concede a Benção Eucarística.

Te Deum é um hino litúrgico tradicional, e seu texto foi musicado por vários compositores, entre eles Wolfgang Amadeus Mozart, Franz Joseph Haydn, Hector Berlioz, Anton Bruckner, Antonín Dvorák, e até o imperador Pedro I do Brasil.

Como surgiu o Te Deum? Qual o seu significado? Quem responde é Dom José Palmeiro, abade emérito do Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro.

“É um hino muito antigo, alguns atribuem até a Santo Ambrosio, Santo Agostinho, não é certo, mas já no século VI, São Bento mencionou o Te Deus. É um hino de louvor a Deus, de agradecimento. Este nome vem por causa das palavras iniciais, Te Deum laudamos, “a vós ó Deus louvamos”, e tem um sentido trinitário porque menciona três pessoas, fazendo com que nós nos unamos aos anjos quando dizem “A Ti todos os Anjos, a Ti os céus, e todas as potestades, a Ti os querubins e os serafins aclamam”.

“Então nos unimos à aclamação dos anjos a Deus, “Santo santo santo” - como na missa. É uma melodia muito bonita. Com este canto, também pedimos que venhas em socorro de teus servos. “Faze que com os teus santos sejamos levados à glória eterna”.

“Aqui no mosteiro nós cantamos na noite do dia 31, no final da vigília. Não é popular como já o foi. Antigamente era comum; por exemplo, na história do Brasil, vemos que Dom João VI chegou ao Brasil e logo após desembarcar foi para a catedral e lá houve o canto do Ter Deum. Dom Pedro, I Dom Pedro II visitavam as cidades e eram recebidos com o canto do Te Deum. Não se celebravam missas, mas o Te Deum. Era incrementado por uma homilia, por algum canto, por uma celebração litúrgica. Isso no século XIX, depois se perdeu. Hoje em dia é prescrito para o Ofício Divino aos domingos e festas e solenidades; é o equivalente ao Glória da Missa. Há uns anos atrás, Paulo VI e JPII iam à igreja dos jesuítas, Igreja do Jesus, em Roma, no último dia do ano e dirigiam o Te Deum. Muitas vezes o Te Deum se faz durante a exposição do Santíssimo Sacramento”.


Segue a tradução em português do texto original do Te Deum:

A VÓS, Ó DEUS

A Vós, ó Deus, louvamos e por Senhor nosso Vos confessamos.
A Vós, ó Eterno Pai, reverencia e adora toda a Terra.
A Vós, todos os Anjos, a Vós, os Céus e todas as Potestades;
A Vós, os Querubins e Serafins com incessantes vozes proclamam:
Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus dos Exércitos!
Os Céus e a Terra estão cheios da vossa glória e majestade.
A Vós, o glorioso coro dos Apóstolos,
A Vós, a respeitável assembleia dos Profetas,
A Vós, o brilhante exército dos mártires engrandece com louvores!
A Vós, Eterno Pai, Deus de imensa majestade,
Ao Vosso verdadeiro e único Filho,
digno objeto das nossa a adorações,
Do mesmo modo ao Espírito Santo, nosso consolador e advogado.
Vós sois o Rei da Glória, ó meu Senhor Jesus Cristo!
Vós sois Filho sempiterno do vosso Pai Omnipotente!
Vós, para vos unirdes ao homem e o resgatardes
não Vos dignastes de entrar no casto seio duma Virgem!
Vós, vencedor do estímulo da morte,
abristes aos fiéis o Reino dos Céus,
Vós estais sentado à direita de Deus,
no glorioso trono do vosso Pai!
Nós cremos e confessamos firmemente
que de lá haveis de vir a julgar no fim do mundo.
A Vós portanto rogamos que socorrais os vossos servos
a quem remistes como vosso preciosíssimo Sangue.
Fazei que sejamos contados na eterna glória,
entre o número dos vossos Santos.
Salvai, Senhor, o vosso povo e abençoai a vossa herança,
E regei-os e exaltai-os eternamente para maior glória vossa.
Todos os dias Vos bendizemos
E esperamos glorificar o vosso nome agora e por todos os séculos.
Dignai-Vos, Senhor, conservar-nos neste dia
e sempre sem pecado.
Tende compaixão de nós, Senhor,
compadecei-Vos de nós, miseráveis.
Derramai sobre nós, Senhor, a vossa misericórdia,
pois em Vós colocamos toda a nossa esperança.
Em Vós, Senhor, esperei, não serei confundido.