segunda-feira, 27 de junho de 2016

“Vem e segue-Me” - Brasília ganha 9 novos sacerdotes

Há pouco tempo eles eram meninos correndo pelas paróquias. Eram catequizandos aprendendo os primeiros passos na vida cristã. Eram jovens recebendo os sacramentos. Estávamos acostumados a vê-los como os demais, brincando, fazendo peraltices, rezando, sorrindo. Estavam entre nós e não sabíamos que eram separados por Deus, para uma missão maior.

Participavam da vida paroquial, da vida em suas comunidades, iam a festas, namoravam até. Eles eram, a nossos olhos, jovens comuns, com atividades normais de sua idade e também com suas peculiaridades. Mas, aos olhos de Deus, eles eram “especiais”. Estavam ali, no nosso meio, para aprender a conviver e a sobreviver no mundo. Estavam em nosso mundo, mas não pertenciam a ele.

Um dia, de modo muito particular, usando meios diversos para cada um, o Senhor, em Sua Infinita Misericórdia, disse-lhes:

“Caio, vem e segue-Me!”
“Issac, vem e segue-Me!”
“José de Paula, vem e segue-Me!”
“José Fernando, vem e segue-Me!”
“Marcelo, vem e segue-Me”
“Marcus, vem e segue-Me!”
“Mateus, vem e segue-Me!”
“Paulo Rogério, vem e segue-Me!”
“Remilson, vem e segue-Me!”

Sim, o Senhor os conhece pelo nome. Ele conhece o coração de cada um. Ele os chamou um a um, pelo nome, e esperou a resposta. E eles disseram “sim”. E o seguiram. Eram meninos quando entraram no seminário. Meninos que não sabiam exatamente o que os aguardava, mas desejavam ardentemente seguir o Senhor em sua vida sacerdotal. Queriam conformar-se a Cristo Sacerdote. Sonhavam em levar as almas a Deus. Entraram ali com suas histórias e suas esperanças. Enfrentaram provações, lutaram contra si próprios, transformaram-se em homens. Aprenderam a ser homens de Deus.

Uniram-se, de maneira mais íntima, a Nossa Senhora, Mãe que os ouvia em suas dificuldades, que os amparava nos momentos de dúvida, que lhes ensinou o valor da oração e do silêncio. Perseveraram.

Aqueles meninos, aqueles jovens que costumávamos ver em nossas comunidades, pela imposição das mãos de nosso Arcebispo, tornaram-se sacerdotes. Aquelas mãos que costumávamos ver de modo tão natural, agora ungidas, serão impostas sobre nós para nos abençoar, para ministrar os sacramentos. Serão impostas sobre o pão e o vinho para nos trazer a Eucaristia. Eles nos acompanharão e se esforçarão para nos levar pelo caminho da santidade. E nós os acompanharemos em oração, auxiliaremos em suas paróquias e estaremos ao seu lado, para que se santifiquem e nos santifiquem.

Já não os veremos mais como os víamos. Não são mais os mesmos jovens. Trazem consigo a essência daqueles meninos, daqueles jovens. De filhos, sobrinhos, amigos, transformaram-se em pais espirituais. Em agradecimento por nossas orações, por nossa amizade, por nossos sacrifícios, eles nos oferecerão o Banquete diário. Imporão suas mãos sobre nós e perdoarão nossas faltas. Ordenados no Ano da Misericórdia, já não são mais jovens comuns, mas sinal do amor e da misericórdia, da presença de Deus no meio de nós.

Hoje, esposos da Santa Igreja, iniciam a vida sacerdotal. São enviados para ser Cristo em nossas comunidades. Deixam a casa paterna, deixam o seminário e assumem a corresponsabilidade por nossa salvação. Eles seguem, tendo Jesus a sua frente e Nossa Senhora a seu lado.

Que Deus os abençoe e lhes dê a perseverança. Que eles digam seu sim diário à missão a eles reservada. Que nós não nos esqueçamos deles em nossas orações.
Por Andrea Cammarota
Fotos: Adriano Brito e Priscila Maria

http://www.arquidiocesedebrasilia.org.br/noticias.php?cod=4680

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